sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O tempo



                                             O tempo
                                  Oh tempo,
esse tempo ingrato
que me devora feito lobos.
oh tempo,
esse tempo
que me rouba a juventude,
que me leva a beleza
e os amores.
Esse tempo
que deixei de viver
que esperei passar
pra viver depois.
É! É esse mesmo tempo
que me rouba também as lembranças,
apaga da memória
as coisas boas que vivi,
mas o tempo, fez questão de levar.
E agora,
Um novo tempo se faz,
o tempo da pressa
de  não esperar,
não ter mais tempo a perder,
o tempo de viver loucamente,
tudo o que se é possível viver.
O tempo do tempo!   
                  Lúcia Elias( 27/12/13)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SAUDADES

Saudades

Há muitos,  os que se foram,
alguns, em breve viagem,
outros, para não mais voltar
e o que fica?
Saudades, apenas saudades. 
Mas, de quem amamos,
jamais esquecemos. 
S A U D A D E S!

                          Lúcia Elias( Dez/2013 )

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Cristovam Buarque na Paraíba

Mandela, sua vida, sua história. O dia 05/12/13. Dia em que Mandela partiu


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      Herói sul-africano Nelson Mandela morre aos 95 anos
      (AFP) – 5 hours ago  
      Joanesburgo — Nelson Mandela, um dos heróis da luta anti-apartheid, morreu nesta quinta-feira, aos 95 anos, em sua residência de Johannesburgo - informou o presidente sul-africano, Jacob Zuma, em mensagem à nação.
      "Queridos compatriotas, o ex-presidente Nelson Rolihlahla Mandela, presidente fundador da nossa nação democrática, nos deixou (...) Ele agora está em paz. A nação perdeu seu filho mais ilustre", declarou Zuma, em pronunciamento ao vivo, pouco depois das 19h30 (horário de Brasília).
      Mandela "se foi em paz (...). Nosso povo perdeu um pai", lamentou Zuma, acrescentando que "nosso querido Madiba terá funerais de Estado", com as bandeiras a meio-pau a partir desta sexta-feira e até seu enterro.
      "Vamos expressar nossa profunda gratidão por uma vida a serviço do povo deste país e da causa da humanidade. É um momento de profunda dor (...) Sempre te amaremos, Madiba", disse Zuma.
      "Vamos nos comportar com a dignidade e com o respeito que Madiba personificava", acrescentou Zuma, usando o nome do clã de Mandela, sempre pronunciado com familiaridade por todos os sul-africanos quando se referem ao seu ídolo.
      Centenas de pessoas, de todas as raças, se reuniram para uma vigília festiva improvisada na frente da casa de Mandela em Johannesburgo.
      O clima era mais de celebração do que de recolhimento, com jovens e idosos agitando bandeiras e segurando velas, entoando o hino nacional e cânticos anti-Apartheid, aos gritos de "Viva, Mandela!". A polícia suspendeu o tráfego de veículos no bairro.
      Líderes mundiais enaltecem legado de Mandela
      Depois de saber da notícia, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou Mandela, lamentando a partida de um homem "valente e profundamente bom".
      "Com sua valente dignidade e sua incansável disposição para sacrificar sua própria liberdade pela liberdade dos outros, Mandela transformou a África do Sul e comoveu a todos", disse Obama, na Casa Branca.
      "Nunca mais veremos alguém como Nelson Mandela", frisou Obama sobre seu herói pessoal. Mandela "alcançou mais do que podemos esperar de qualquer homem".
      "Hoje, ele partiu e perdemos o ser humano mais influente, valente e profundamente bom", acrescentou Obama antes de lamentar: "ele já não nos pertence".
      A presidente Dilma Rousseff afirmou que a luta de Mandela "transformou-se em um paradigma, não apenas para o continente africano, mas para todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo".
      Dilma referiu-se ao líder sul-africano como "personalidade maior do século XX", chamando atenção para a "paixão e a inteligência" que Mandela usou para vencer "um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea ? o fim do apartheid na África do Sul".
      O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou que "uma grande chama se apagou no mundo", afirmando que "Nelson Mandela era um herói do nosso tempo".
      O presidente da França, François Hollande, também homenageou Mandela, ao exaltar "um resistente excepcional" e um "lutador magnífico". Em nota, Hollande declarou que Mandela foi a "encarnação da Nação Sul-africana, o cimento da sua unidade e o orgulho de toda a África".
      A chanceler alemã, Angela Merkel, destacou que o nome de Nelson Mandela "será para sempre associado ao combate à opressão de seu povo e à vitória sobre o regime do apartheid".
      O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, descreveu o líder sul-africano como um "gigante da justiça", que inspirou movimentos libertários em todo o mundo.
      "Muitos no mundo foram influenciados por sua luta a favor da dignidade humana, da igualdade e da liberdade. Mandela tocou nossas vidas de uma maneira muito pessoal e profunda", disse Ki-moon à imprensa.
      O último presidente branco da África do Sul, Frederik De Klerk, afirmou que "a coragem, o encanto e o compromisso de Nelson Mandela com a reconciliação e a Constituição foram uma fonte de inspiração não apenas para os sul-africanos, mas para o mundo inteiro".
      "Acredito que seu exemplo sobreviverá e seguirá inspirando todos os sul-africanos para realizar sua visão de uma sociedade multirracial, justa, de dignidade humana e de igualdade para todos".
      De Klerk libertou Nelson Mandela em fevereiro de 1990 e iniciou as negociações para a criação de uma democracia multirracial quatro anos depois. Os dois compartilharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993.
      Uma história de luta
      Primeiro presidente negro de seu país, de 1994 e 1998, Nelson Mandela ficou internado de 8 de junho a 1º de setembro, após sofrer uma recaída por uma infecção pulmonar. Ele foi, então, levado para sua casa, em Johannesburgo, equipada como um verdadeiro hospital para recebê-lo.
      Líder da luta dos negros contra a segregação do Apartheid, Nelson Mandela passou 27 anos de sua vida detido. Solto em 1990, o preso político mais famoso do mundo se tornou, quatro anos depois, o primeiro presidente negro democraticamente eleito de seu país (1994-1999). Ele se aposentou desde o fim de seu mandato para se dedicar à proteção da infância e à luta contra a Aids, uma praga que assola a África do Sul.
      O "longo caminho para a liberdade" (título de sua autobiografia publicada em 1994) começou em 18 de julho de 1918, na aldeia de Mvezo, no bantustão do Transkei (hoje província do Cabo Oriental), onde nasce no clã real dos Thembu, de etnia xhosa.
      "Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra", dizia ele para resumir sua longa luta pela liberdade.
      "Meu ideal mais caro foi o de uma sociedade livre e democrática, na qual todos viveriam em harmonia com chances iguais. Eu espero viver tempo bastante para conseguir isso. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual eu estou disposto a morrer", completou.
      Do presídio de Robben Island, onde passaria 18 anos, e das prisões de Pollsmoor e de Victor Verster, Mandela inspira a Revolta das Townships (1976). Também é na prisão que ele é alvo das aproximações secretas do governo branco, que antecederam as negociações com o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês).
      Solto em 11 de fevereiro de 1990, o detento 46664 (número que passa a simbolizar sua grande campanha contra a Aids) reaparece frente às câmeras de todo o mundo ao lado de sua segunda mulher, Winnie. Eles se separariam dois anos depois.
      Triunfalmente eleito nas eleições de 27 de abril de 1994, ele estabelece desde seu discurso de posse a missão que guiaria sua presidência. Convencido de que a sociedade sul-africana continuaria a trabalhar para fazer do país "um milagre", ele prometeu: "quando eu entrar na Eternidade, terei o sorriso nos lábios".