. EDUCAÇÃO X PRESÍDIO
É muito triste vermos, pessoas transformadas em insentos, insensíveis, frias, que não mais pensam. Que desitiram da dignidade, sem objetivos, sem perspectivas de uma vida em sociedade.
Fico pasma, quando diante de tantas tragédias dentro dos presídios, fico sabendo que os custos mensal de um preso é maior que o salário bruto de um professor. Em alguns estados, somados três professores, ainda não chega ao custo de um detento.
Nossa, o presídeo é a escola do crime. De repente, a pós graduação, o doutorado do crime e tudo arquitetado lá dentro. Verdadeiras cidades das organizações criminosas. No entanto, o que esperávamos, ou desejamos é que o presídeo seria a última opção para a morada e convivência de um cidadão. E, uma vez preso, cabe ao estado garantir e salvaguardar a integridade física, moral e a dignidade do cidadão, sim, cidadão, pois é uma pessoa, registrada, eleitor e portanto parte da nação.
Qual a função da escola? Ensinar, intermediar e interagir com o outro, transmitir conhecimentos, preparar o cidadão para ser inserido no mercado de trabalho, numa sociedade que lhe dê oportunidades de empregos, da liberdade e de bom convível com todos. Para tanto, nada disso é feito sozinho. Há um personagem importante, que é o mediador de todo esse processo ensino-aprendizagem: O PROFESSOR, que infelizmente é um dos profissionais mais discriminados, julgados como prejuízo para o estado. Qualquer investimento que se refere a educação, trata-se apenas de contrução de mais escolas ou restauração. Não importa quantos alunos e professores, funcionários lá dentro estão e como tudo vai funcionar. O importante é sair bonito na foto. Porém, equanto se constrói ou restauram escolas, o dobro das existentes são fechadas. Enquanto brincamos de um faz de conta que se ensina e se aprende, o país segue na marcha ré. Mais réus, mais ré e educação, é visto como custo, gasto e não como investimento para o desenvolvimento do país.
Enquanto isso, a violência tem tomado conta de nossas cidades, do nosso estado, de todo país. Há uma grande inversão de valores, menos escolas, mais presídios. Menos salas de aulas, mais celas. E menos professores, e mais agentes penitenciários. Quem não sabe escolher, é responsável pelas consequências e deve arcar com o prejuízo.
Lamentável!
05/01/2017
Lúcia Elias